tag:blogger.com,1999:blog-191278792024-03-13T20:31:38.616+00:00REFÚGIOO fruto de cada palavra retorna a quem a pronunciou (Abu Shakur)Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.comBlogger262125tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-72231285607667269022007-06-13T22:47:00.000+01:002007-06-13T22:52:18.974+01:00Regresso<div align="justify">Regresso atribulado depois de ter perdido a password de acesso ao blogue. O <em>Refúgio</em> termina por aqui. A partir de Julho podem continuar a acompanhar-me em <a href="http://novorefugio.blogspot.com/">http://novorefugio.blogspot.com/</a>. Enquanto isso, segue o Vicarious Liability, onde continuo a contar com as vossas visitas.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-55083554438582550352007-04-14T04:38:00.000+01:002007-04-14T04:45:03.805+01:00SEM PARAR (Gabriel, o Pensador)<div align="left"><em>A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai.</em></div><div align="left"><em>Vai em frente, sem parar, que é a parada é suicida,</em></div><div align="left"><em>Porque a vida é muito curta e a estrada é cumprida.</em></div><div align="left"><em>Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes</em></div><div align="left"><em>Parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.</em></div><div align="left"><em>Vai à luta, levanta, revida!</em></div><div align="left"><em>Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar,</em></div><div align="left"><em>Que é errando que se aprende que o caminho</em></div><div align="left"><em>Até parece complicado e às vezes tão difícil</em></div><div align="left"><em>Que você se surpreende quando sente derepente</em></div><div align="left"><em>Que era tudo muito simples vai em frente que você entende.</em></div><div align="left"><em>Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.</em></div><div align="left"><em>Vai sabendo que não há nenhum peso que você não agüente.</em></div><div align="left"><em>Vai na marra, vai na garra, vai em frente.</em></div><div align="left"><em>E se agarra no seu sonho com unhas e dentes.</em></div><div align="left"><em>Pra saber o que é possível é preciso</em></div><div align="left"><em>Que se tente conseguir o impossível, então tente!</em></div><div align="left"><em>Sempre alimente a esperança de vencer.</em></div><div align="left"><em>Só duvide de quem duvida de você.</em></div><div align="left"><em></em></div><div align="left"><em>Sem parar, sem parar, se parar você cai! </em></div><div align="left"><em>Demorou, demorou! Pedala aí!Então não pára o movimento, vai em frente, vai!</em></div><div align="left"><em>Sem parar, sem parar, se parar você cai! </em></div><div align="left"><em>Demorou, demorou! Pedala aí! Não repara no mau tempo que o sol já sai</em></div><div align="left"><em>Vai em frente, sem parar que se parar você cai!</em></div><div align="left"><em>Vai em frente, enfrente, enfrente, vai! </em></div><div align="left"><em>Vai agora, não chora.</em></div><div align="left"><em>Ignora a energia negativa lá fora, porque dentro de você</em></div><div align="left"><em>Existe um poder bem maior do que você pensa.</em></div><div align="left"><em>Vai atrás da recompensa e se houver inveja e se ouvir ofensaVocê responde com a força do perdão.E aumenta a sua crença cada vez que ouvir um não, porque todo não esconde um sim.Ainda é só o começo, vá até o fim.</em></div><div align="left"><em>Aprenda nos tropeços, não olhe pro chão, olhe pro céu.</em></div><div align="left"><em>Olhe pra vida sempre de cabeça erguida que no fim do túnel tem uma saída,</em></div><div align="left"><em>Mesmo quando você não consegue ver a luz.</em></div><div align="left"><em>Feche os olhos que uma força te conduz.</em></div><div align="left"><em>Vai em frente, vai seguro, faz um furo nesse muro que o escuro se esclarece.</em></div><div align="left"><em>Vai em frente, simplesmente vai em frente</em></div><div align="left"><em>Que o futuro é um presente que a vida te oferece.</em></div><div align="left"><em>Sem parar, sem parar, se parar você cai! </em></div><div align="left"><em>Demorou, demorou! Pedala aí!Então não pára o movimento, vai em frente, vai!</em></div><div align="left"><em></em></div><div align="left"><em>É na dor que o recém-nascido aprende a chorar.</em></div><div align="left"><em>Pra encontrar a cura você tem que procurar.</em></div><div align="left"><em>É no choro que o recém-nascido aprende a respirar.</em></div><div align="left"><em>Então respira fundo que a vitória tá no ar.</em></div><div align="left"><em>Vai indo, vai na tua, vai você. </em></div><div align="left"><em>Vai nessa, vai na boa, vai vencer.</em></div><div align="left"><em>Acredite no bem, que fazer o bem faz bem.</em></div><div align="left"><em>Faça o bem que faz o bem acontecer.</em></div><div align="left"><em>Vai na fé, vai a pé, vai do jeito que der.</em></div><div align="left"><em>Vai até onde puder, vai atrás do que tu quer</em></div><div align="left"><em>Vai andando, vai seguindo, vai pensando,</em></div><div align="left"><em>Vai sentindo, vai amando, vai sorrindo,Vai andando, vai curtindo, vai plantando e vai colhendo,</em></div><div align="left"><em>Vai lutando pela paz vai dançando nesse ritmo que o tempo faz.</em></div><div align="left"><em>Vai de peito aberto. Vai dar certo.</em></div><div align="left"><em>Confiante que o distante num instante fica perto.</em></div><div align="left"><em>Fica esperto, vai! Com força de vontade.</em></div><div align="left"><em>Vai à vera, não espera a oportunidade.</em></div><div align="left"><em>Não aceita humilhação mas não perde a humildade.</em></div><div align="left"><em>E nunca abra mão da sua dignidade.</em></div><div align="left"><em>Sem parar, sem parar, se parar você cai! Demorou, demorou! Pedala aí!</em></div><div align="left"><em>Então não pára o movimento, vai em frente, vai!</em></div><div align="left"><em>Se parar você cai, se cair cê levanta...</em></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-44596231066788352322007-04-02T02:10:00.001+01:002007-04-02T02:10:42.782+01:00O partido de Paulo Portas<div align="justify">Um partido de cuja liderança alguém sai para dois anos depois ainda encontrar o lugar vago (aqui a vacatura deve entender-se em sentido amplo; contempla a possibilidade de expulsar o ocupante da cadeira, ainda que por meios menos transparentes), tem pouco de institucional, tem pouco de democrático. Um partido onde dois anos não são o suficiente para gerar alternativas, onde ninguém considera estar à altura de assumir um cargo, especialmente concebido para uma só pessoa, tem menos de político que um altar. Aí pelo menos os santos podem alternar-se… </div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-45039926935344262022007-03-31T22:17:00.000+01:002007-04-02T02:13:37.336+01:00A primeira eleição de Salazar (R.I.P.) e os xenófobos<div align="justify"><br />Sempre tenho insistido na necessidade da formação cívica da população e dois acontecimentos recentes (perdoem-me a imodéstia) parecem ter vindo dar-me razão: a eleição de Salazar como “melhor português de sempre” – eleição essa que, aliás, foi a única que venceu, e mesmo assim a título póstumo – e o outdoor xenófobo do PNR na rotunda do Marquês.<br />A Democracia é, 33 anos depois do 25 de Abril, um dado adquirido. Mas não é o fim da História. A demagogia continuará a oferecer soluções fáceis para os problemas, a apontar bodes expiatórios, a identificar caminhos bombásticos de incovenientes notórios mas resultados modestos. E a ignorância das massas, confortável para quem precisa de servir-se dela, suge como terreno ideal para que este e outro tipo de discursos possam voltar a encontrar eco.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-4831089882351805772007-03-26T19:45:00.001+01:002007-03-26T19:45:46.809+01:00Determinação ridícula<div align="justify"><br />A determinação deixa de ser louvável se estivermos a insistir no impossível. Torna-se então solenemente ridícula.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-89628068449423329252007-03-26T01:50:00.000+01:002007-04-02T02:11:35.227+01:00Sobre os Grandes Portugueses<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWX7n-euUKZ4asbO_3XoSZRguPUlTy2IRbSGo0eGo_naF22sFNjUqXUS2qXqzWJ2maedepgIzacbxh40Z0u6qqx95MyMCgqGnHryVPfjwj4OjjDHG97qrLi6oIY_r6b05FRpxVbQ/s1600-h/200px-Younger_salazar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5046029348460779058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWX7n-euUKZ4asbO_3XoSZRguPUlTy2IRbSGo0eGo_naF22sFNjUqXUS2qXqzWJ2maedepgIzacbxh40Z0u6qqx95MyMCgqGnHryVPfjwj4OjjDHG97qrLi6oIY_r6b05FRpxVbQ/s400/200px-Younger_salazar.jpg" border="0" /></a> A escolha de Salazar como "vencedor" do polémico concurso «Os Grandes Portugueses», para além de sublinhar a impossibilidade de se fazerem juízos históricos rigorosos sobre protagonistas de factos recentes, demontra uma tendência da nossa opinião pública: o desejo de chocar. Não há aqui voto de protesto nem reconhecimento ponderado da obra política da figura em questão. Para o haver, era necessário que os conhecimentos gerais de História e de Política fossem muito mais abundantes do que aquilo que efectivamente são.<br /><div align="justify"></div></div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-37215365517331279462007-03-18T17:43:00.000+00:002007-03-18T17:49:26.868+00:00Remember The Days Of The Old School<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizfilT66Y2azyjGBpQi7WN6rgmipwup86nhWQwXQOK8HaqFVC86m3zYEQ03GZvpqIlKRjFNKBnt2jMJCaTVx6vKD3dv-IxNZK2xQo0TrlN3GGbLQaNVoWKef1DiV9vsioNXMTorQ/s1600-h/baile.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5043322689497068450" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizfilT66Y2azyjGBpQi7WN6rgmipwup86nhWQwXQOK8HaqFVC86m3zYEQ03GZvpqIlKRjFNKBnt2jMJCaTVx6vKD3dv-IxNZK2xQo0TrlN3GGbLQaNVoWKef1DiV9vsioNXMTorQ/s400/baile.jpg" border="0" /></a> Dois anos depois, ainda não consigo enumerar exaustivamente tudo o que mudou.<br /><br /></div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-46491324902618950932007-03-18T17:34:00.000+00:002007-03-18T17:35:12.839+00:00Ponderação<div align="justify"><br />O que é mais doloroso: descobrir que um bom sonho não é realidade ou que a realidade não é um pesadelo?</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-91091019318629090692007-03-18T05:53:00.000+00:002007-03-18T05:54:46.459+00:00Um discurso do método<div align="justify">Habituamo-nos a aceitar mitos e ideias feitas. Escutamos as mesmas frases vezes repetidas, ouvimos as mesmas verdades proferidas com invariável autoridade, que há um momento em que as tomamos como boas sem procurar submetê-las a qualquer teste de coerência. O homem erra porque cede facilmente perante uma certeza gratuita. Porque não ousa testar a plausibilidade do que toda a gente reputa como certo. </div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-5776985029420200482007-03-18T05:45:00.001+00:002007-03-18T05:45:46.260+00:00Séneca<div align="justify">Se um homem não sabe a que porto se dirige, vento nenhum lhe será favorável.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-35725483065745022772007-03-18T05:38:00.001+00:002007-03-18T05:38:29.257+00:00Um problema de aparências<div align="justify">Seria interessante um Mundo em que as pessoas pudessem olhar-se através da aparência e descobrir nas palavras e nos gestos, a parte da personalidade que a socialização costuma ocultar.<br />Talvez assim muita gente não se suportasse, se recusasse a conviver ou a partilhar o mesmo espaço. Mas todos sabiam com que contar. Não seria preciso jogar a todo o momento, desconfiar de tudo o que nos rodeia, ensaiar testes a desconhecidos e soluções para problemas que se abatem sem aviso.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-39474930390017277282007-03-18T05:32:00.000+00:002007-03-18T05:33:01.142+00:00In claris non fit interpretatio <div align="justify">De forma análoga, poderíamos dizer que aquilo que é impossível não precisa de ser tentado. Em ambos os casos estaríamos enganados. Do mesmo modo que a lei clara se descobre por interpretação, as coisas impossíveis só se distinguem das possíveis se, previamente, tentarmos realizar umas e outras.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-22507515160953093522007-03-03T00:56:00.000+00:002007-03-03T00:57:21.736+00:00O regresso<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfGHN2D-irsW7L7wyVkZIKUMy3ST8eSclyOKJtvBEP1SRZfBV5XKHhk2kbfwFcSNpjtysSZFhaIDbvnvIaBNuUnw1chl0h5NPflKr1i04v3vUNuImC4a6Ny7kf8SgLGQc6MrlrkA/s1600-h/santana_lopes_paulo_portas_.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5037495873304437682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfGHN2D-irsW7L7wyVkZIKUMy3ST8eSclyOKJtvBEP1SRZfBV5XKHhk2kbfwFcSNpjtysSZFhaIDbvnvIaBNuUnw1chl0h5NPflKr1i04v3vUNuImC4a6Ny7kf8SgLGQc6MrlrkA/s400/santana_lopes_paulo_portas_.jpg" border="0" /></a> Eles andam de novo por aí. Tenham medo... tenham muito medo...!<br /><br /></div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-33084863357577542302007-02-26T01:55:00.000+00:002007-02-26T01:56:53.048+00:00Vontade<div align="justify"><br />A dificuldade é um dado dinâmico e situado. Nada é por si mesmo difícil ou impróprio de se concretizar. São as circunstâncias e o estado da nossa vontade e das nossas capacidades que ditam esta e outras qualificações. </div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-35289346899299624402007-02-20T02:01:00.000+00:002007-02-20T02:03:02.548+00:00Acasos<div align="center"><br /><br />O impossível não existe<br />Em tudo o que antecede a morte,<br />E a dificuldade é o elemento<br />Seleccionador dos que estão<br />Dispostos a lutar.<br /><br />Falhar é um resultado provisório,<br />Vencer um ponto de partida<br />Para outras vitórias.<br /><br />Tentar é o caminho para o sucesso,<br />Abdicar é desistir da vida,<br />Renunciar ao jogo<br />Sem conhecer os trunfos do adversário.<br /><br />Morrer só é absurdo quando<br />Não se consegue verdadeiramente<br />Viver, quando só se existe,<br />Se permanece à espera que a morte venha.<br /><br />A incoerência só é incoerência<br />Para os incoerentes,<br />Para os que desistem de a perceber,<br />E a clarividência não dispensa<br />A interpretação subjectiva,<br />A Leitura criadora do «eu».<br /><br />Temer o futuro é abdicar<br />Da Suprema Possibilidade,<br />Repudiar o passado renegarmo-nos<br />A nós mesmos, e desmentir<br />O presente, cometer o pecado<br />Do desperdício.<br /><br />O Todo só é importante<br />Se cada uma das partes o for,<br />E o impossível só se alcança<br />Quando não se dispensa nenhuma<br />Possibilidade.<br /><br />O bem só se sente enquanto tal<br />Por oposição ao mal,<br />E a felicidade nunca é<br />Devidamente entendida,<br />Se não for precedida pela dor.<br /><br />Se aqui falhas, além<br />Acertas, e se já acertaste<br />Não estás imune de erros,<br />No futuro, mas também não<br />Renunciaste em definitivo ao sucesso.<br /><br />Existir não tem sentido,<br />O que tem sentido é viver.<br />E viver não é só mais do que<br />Existir.<br /><br />Viver é ser útil,<br />Aos outros e a nós mesmos.<br />Viver é sermos solidários<br />Com os nossos sonhos,<br />E realistas com os erros.<br /><br />A vida há-de continuar<br />A reconstruir aquilo<br />Que a morte derruba,<br />A refazer, a reencontrar<br />Sentidos novos,<br />Quando tudo parece perdido.<br /><br />A morte, os sonhos, os projectos,<br />Os ódios e os afectos,<br />O passado e o futuro,<br />Todos hão-de continuar a ensinar<br />Ao Homem que não existe<br />Só por acaso.<br /><br />Que tem algo para fazer<br />De si e do Mundo.<br />Que tem algo para mudar. </div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-55089011205040553362007-02-19T20:28:00.000+00:002007-02-19T20:30:15.065+00:00O que fazer para ser notado<div align="justify">Alberto João Jardim demite-se. Alberto João Jardim recandidata-se. Alberto João Jardim pretende ser eleito. Antes, bastava-lhe aparecer aos pulos no Carnaval ou vociferar ameaças nos comícios de rentrée do PSD-Madeira para pôr o país de pantanas e sentir que era o centro das atenções. Agora precisa tomar medidas mais sérias. Alberto João Jardim já não tem a mesma graça, já não faz tremer ninguém quando diz um disparate. É triste quando uma pessoa deixa de poder fazer o sucesso esperado com os meios habituais. É triste a decadência. </div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-49964821929178530512007-02-08T23:55:00.000+00:002007-02-08T23:55:38.867+00:00Retrocesso<div align="justify">A cada derrota é mais difícil recomeçar. A cada derrota, cresce a consciência de que há qualquer coisa que está mal, mas diminui a perícia para descobri-la. A cada derrota, torno-me menos paciente comigo mesmo, percebo o inevitável. Aceito o retrocesso, abraço a mediocridade.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-83659924123713898572007-02-08T23:54:00.000+00:002007-02-08T02:00:27.407+00:00Mudanças<div align="justify">Às vezes não acredito que as coisas perderam o sentido, duvido que se tenham produzido todas as mudanças com as quais ainda não me habituei a conviver. Às vezes ainda acho que sou o mesmo, que posso fazer tudo o que sempre fiz e da mesma maneira, que não passa de uma fase, que vai voltar ao que sempre foi, ao habitual. Mas, regularmente, tenho provas de que a mudança veio para ficar. Em vez de conseguir aquilo que ainda não tinha, perdi o que sempre tive e desvalorizei por acreditar ser demasiado certo.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-16941032143567721482007-01-27T17:43:00.000+00:002007-01-27T17:44:06.164+00:00Referendo sobre a despenalização da IVG – três argumentos a favor do sim<div align="justify">No próximo dia 11 de Fevereiro, os portugueses serão, pela segunda vez, chamados a pronunciar-se, em referendo, sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG), um tema politicamente controverso. <br /><br />Da esquerda à direita do espectro político, prepara-se o debate, alinham-se argumentos favoráveis a cada um dos sentidos de resposta, sendo de esperar o recurso a diversas áreas do conhecimento, da Moral à Ciência e à Religião, passando pela Filosofia e até pelo próprio Direito.<br /><br />Sobre esta questão, a minha posição é clara e está formada desde o início sem grande margem para dúvidas: votarei favoravelmente à despenalização da IVG, se feita a pedido da mulher, até às 10 semanas e em “estabelecimento de saúde legalmente autorizado”. E, se outras razões de fundo não existissem, acredito ser possível sustentá-la com três argumentos simples e suficientemente objectivos para afastarem qualquer tentativa retórica de configuração da realidade.<br /><br />O primeiro, é que não está em causa a generalização do aborto em qualquer circunstância, nem tão pouco a sua afirmação como uma prática substitutiva da utilização de contraceptivos. O que se pretende é a sua despenalização – ou antes, a não criminalização – em condições muito restritas e objectivamente delimitáveis. Além disso, parece pouco sensato afirmar que alguém se submete a um aborto de ânimo leve, como quem pratica qualquer outra actividade do quotidiano, sem mais preocupações. Para além das valorações morais, haverá sempre o mal-estar físico e psicológico, e esses, impedirão que tal solução não deixe de ser vista como o “último recurso”, independentemente da forma como o Direito a venha a qualificar (como crime ou não).<br /><br />O segundo reporta-se directamente ao problema do direito à vida. Que há vida no “ser” em gestação (seja ele ainda embrião, ou já feto) parece-me uma premissa naturalmente irrefutável. Mas não menos irrefutável é que não está em causa uma vida com as mesmas características da de um Ser Humano nascido e completamente formado. Portanto, não fará qualquer sentido que haja para ambos os casos, o mesmo tipo de protecção e de tutela jurídica. Além disso, o confronto entre a Ciência, a Moral, a Religião e a Filosofia, não deixam outro contributo a não ser uma imensa dúvida sobre o momento exacto do início dessa “vida” e logo da qualificação a dar ao acto que a interrompa. Na dúvida, não parece sensato que venha o Estado, através de lei, impôr as suas próprias certezas (certezas essas fundadas nas convicções de quem, em cada momento, esteja incumbido de legislar); na dúvida, manda o bom senso que se afaste a solução mais penosa (a criminalização), que no limiar do razoável, se prefira a liberdade da mulher.<br /><br />Finalmente cumpre recordar, que apesar das valorações morais que nestes momentos sempre nos ocorrem, a despenalização da IVG, nestes termos cautelosos, é apenas um exercício de «pragmatismo legislativo». Com efeito, continuarão a existir abortos voluntários independentemente do Direito os considerar ou não como crime. O que se pode é combater a sua prática clandestina e oferecer a quem optar por fazê-los, condições médico-sanitárias que lhe garantam um patamar mínimo de segurança.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-1169085149157992352007-01-18T01:51:00.000+00:002007-01-18T01:52:29.183+00:00<div align="justify">Será que ainda vale a pena?</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-1168734355734571232007-01-14T00:25:00.000+00:002007-01-14T00:25:55.736+00:00Frases que não são só interessantes<div align="justify">Aprendemos a valorizar as coisas boas quando as perdemos. E chegamos à conclusão de que esta frase não é apenas interessante de se dizer, quando transformamos em plano de futuro algo de que já dispusemos quotidianamente.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-1168734310214249502007-01-14T00:23:00.000+00:002007-01-14T00:25:10.236+00:00Crises e aspirações<div align="justify">As crises fazem baixar o nível das aspirações. É inevitável. E por mais que tentemos mentalizar-nos de que vamos ser capazes de as ultrapassar, o inconsciente parece reagir configurando a realidade de formas sucessivamente menos idealistas. Um bom exemplo são os desejos de Ano Novo: nunca me lembro de ter pedido três coisas tão modestas, tão enraízadas no quotidiano, tão aborrecidamente possíveis, apesar de agora me parecerem inalcançáveis. Também é certo que já não me lembro da maioria das coisas que pedi.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-1168102613789483122007-01-06T16:55:00.000+00:002007-01-06T16:56:53.810+00:00A Primeira Vez<div align="justify">Há uma primeira vez para tudo. Mesmo para as coisas que desejamos nunca ter que experimentar.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-1167699999957699662007-01-02T01:04:00.000+00:002007-01-02T01:06:39.980+00:00Mudança embrionária<div align="justify">Começou hoje a mudança. Determinada mais ainda de resultados modestos. Veremos quanto tempo permanece, se consegue ou não sobreviver aos vícios do habitual.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19127879.post-1167150310158905212006-12-26T16:19:00.000+00:002006-12-26T16:25:10.196+00:00Salvação e sentido de oportunidade<div align="justify">Mais uma vez o PM apresenta-nos, na mensagem de Natal, um país em trânsito: perdido no abismo, mas no caminho para a Salvação. Provavelmente só mesmo nesta época acreditamos com fervor nessa salvação. Sócrates continua imbatível no sentido de oportunidade.</div><div class="blogger-post-footer">www.parlamento.pt</div>Ricardo Bernardeshttp://www.blogger.com/profile/07929647274075040328noreply@blogger.com1