A queda dum «Anjo»
A pesada derrota dos Trabalhistas nas Eleições Locais da passada semana, precedida por um conjunto de escândalos mediáticos que envolverem as figuras centrais da aritmética governativa, e acompanhada pela perigosa queda de popularidade do primeiro-ministro, pressionaram Tony Blair a reagir, remodelando o Gabinete para tentar conter o desaire final.
Blair está na verdade a atravessar um período de crise profunda. Às desavenças internas causadas pelo apoio incondicional à Administração Bush na Guerra do Iraque, as quais nunca se ultrapassaram por completo, vêm agora juntar-se sinais de desnorte na política económica, e medidas mal recebidas em sectores delicados como o da Sáude (as quais já valeram uma vaia pública à Ministra Patricia Hewitt, quando se preparava para discursar na conferência anual da Associação de Enfermeiros).
Toda a sucessão de escândalos que se abateram sobre o nº 10 de Downing Street, têm dividido a opinião pública britânica, entre os que acreditam que o PM deve merecer uma segunda oportunidade e os que comparam este período negro de Blair à fase final do consulado de Major em meados dos anos 90, havendo ainda os que exigem a demissão do Gabinete e a substituição do primeiro-ministro, protagonizados naturalmente por David Cameron, líder dos Conservadores, que espera a melhor oportunidade para reconduzir o seu partido ao poder.
Permaneça ou não em funções até ao fim da Legislatura (inaugurada, recorde-se no ano passado), a auspiciosa popularidade do primeiro-ministro parece tê-lo abandonado definitivamente, e uma mudança de ciclo político, configura-se quase inevitável.
Tony Blair, 53 anos, chegou ao governo em 1997 e durante alguns anos foi um fenómeno de popularidade. A sua vitória, para muitos inesperada, foi uma “lufada de ar fresco” no panorama político britânico, desgastado por quase 20 anos de liderança conservadora (Tatcher de 1979 a 1990 seguida de John Major de 1990 a 1997). O homem que muitos companheiros de partido acusaram de “revisionista”, remodelou o perfil do Labour, adaptou-o aos temas da actualidade e conduziu-o a um dos ciclos eleitorais mais férteis da sua história. Chega agora ao fim.
Na política, como no futebol, o sucesso dura pouco. Na política, como no futebol, os heróis
fazem-se depressa, mas também caem rapidamente.
Blair está na verdade a atravessar um período de crise profunda. Às desavenças internas causadas pelo apoio incondicional à Administração Bush na Guerra do Iraque, as quais nunca se ultrapassaram por completo, vêm agora juntar-se sinais de desnorte na política económica, e medidas mal recebidas em sectores delicados como o da Sáude (as quais já valeram uma vaia pública à Ministra Patricia Hewitt, quando se preparava para discursar na conferência anual da Associação de Enfermeiros).
Toda a sucessão de escândalos que se abateram sobre o nº 10 de Downing Street, têm dividido a opinião pública britânica, entre os que acreditam que o PM deve merecer uma segunda oportunidade e os que comparam este período negro de Blair à fase final do consulado de Major em meados dos anos 90, havendo ainda os que exigem a demissão do Gabinete e a substituição do primeiro-ministro, protagonizados naturalmente por David Cameron, líder dos Conservadores, que espera a melhor oportunidade para reconduzir o seu partido ao poder.
Permaneça ou não em funções até ao fim da Legislatura (inaugurada, recorde-se no ano passado), a auspiciosa popularidade do primeiro-ministro parece tê-lo abandonado definitivamente, e uma mudança de ciclo político, configura-se quase inevitável.
Tony Blair, 53 anos, chegou ao governo em 1997 e durante alguns anos foi um fenómeno de popularidade. A sua vitória, para muitos inesperada, foi uma “lufada de ar fresco” no panorama político britânico, desgastado por quase 20 anos de liderança conservadora (Tatcher de 1979 a 1990 seguida de John Major de 1990 a 1997). O homem que muitos companheiros de partido acusaram de “revisionista”, remodelou o perfil do Labour, adaptou-o aos temas da actualidade e conduziu-o a um dos ciclos eleitorais mais férteis da sua história. Chega agora ao fim.
Na política, como no futebol, o sucesso dura pouco. Na política, como no futebol, os heróis
fazem-se depressa, mas também caem rapidamente.
2 Comentários:
Há um ditado que diz:"Não há mal que sempre dure, nem bem que não acabe!"
No futebol, na política,na vida... o sucesso é sempre reduzido e limitado a um período: vai-se subindo até chegar ao topo e depois desce-se mais ou menos rapidamente, ou aos trambolhões!
O sucesso tb é rotativo, talvez seja bom que assim seja! M J C
É o fim de um ciclo político...
Problemático é o aparente motivo que levou ao afastamento de Jack Straw. E ainda por cima numa altura em que se tenta resolver a questão do nuclear iraniano...
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial