Blair, o indesejado
Vaiado no início da conferência anual do Labour, a última em que participa na qualidade de líder do partido, Tony Blair, parece ter sido irremediavelmente atingido por uma onda de impopularidade, que não o abandonará enquanto ele próprio não deixar o número 10 de Downing Street e ceder o lugar a outro.
Por todo o lado as pressões sucedem-se para que deixe o Gabinete, isto apesar do “timing” anunciado, apontar para que o faça apenas no que ano que vem.
Internamente são os receios de um desaire eleitoral nas eleições próximas, o desejo de ocupar o lugar que o PM deixar vago até à dissolução da legislatura; externamente, é o desagrado pelo apoio incondicional à Administração Bush – designadamente na questão da mal sucedida intervenção militar no Iraque –, a impopularidade pelas reformas na Administração Pública e os problemas na economia.
Não me considero um apoiante incondicional de Blair, sobretudo no que toca à política externa dos Governos que presidiu. No entanto, não deixa de me chocar a facilidade com que alguém passa tão rapidamente de herói a tirano, de “bestial a besta”. Sobretudo, choca-me que nos partidos o medo de perder o poder seja tão grande ao ponto de degenerar em ingratidão. Custa-me a perceber como é que alguém que foi tão importante na história recente Trabalhista – regenerando o partido e levando-o ao mais fértil dos círculos eleitorais que havia atravessado – possa de repente ser visto como uma visita indesejada.
Incomoda-me a ética própria da política partidária. Enfim, é da inexperiência!
Por todo o lado as pressões sucedem-se para que deixe o Gabinete, isto apesar do “timing” anunciado, apontar para que o faça apenas no que ano que vem.
Internamente são os receios de um desaire eleitoral nas eleições próximas, o desejo de ocupar o lugar que o PM deixar vago até à dissolução da legislatura; externamente, é o desagrado pelo apoio incondicional à Administração Bush – designadamente na questão da mal sucedida intervenção militar no Iraque –, a impopularidade pelas reformas na Administração Pública e os problemas na economia.
Não me considero um apoiante incondicional de Blair, sobretudo no que toca à política externa dos Governos que presidiu. No entanto, não deixa de me chocar a facilidade com que alguém passa tão rapidamente de herói a tirano, de “bestial a besta”. Sobretudo, choca-me que nos partidos o medo de perder o poder seja tão grande ao ponto de degenerar em ingratidão. Custa-me a perceber como é que alguém que foi tão importante na história recente Trabalhista – regenerando o partido e levando-o ao mais fértil dos círculos eleitorais que havia atravessado – possa de repente ser visto como uma visita indesejada.
Incomoda-me a ética própria da política partidária. Enfim, é da inexperiência!
1 Comentários:
Para passar de bestial a besta ou de besta a bestial, basta apenas um curto espaço de tempo, isto é, o tempo necessário para "passar de moda". Infelizmente, as modas passam demasiado rapidamente!
M J C
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