Exames e Palpites
A única coisa que um exame pode ter de bom (e o bom é para tentar ser simpático) é que costuma fomentar a tarefa da especulação. Nos dias que antecedem a prova escrita, e depois de nos darem algumas dicas sobre a sua estrutura, começam os palpites e as apostas sobre os temas com mais "probabilidade de saír", os "tipos de perguntas mais frequentes", as "abordagens mais previsíveis", em função de sinais de pouco valor estatístico, como a expressão que os professores fizeram quando falaram nesses mesmos temas, os seus gostos pessoais relativamente às matérias que integram o progama e até aqueles mais frequentemente objecto de questões (no caso particular de CP e Dtº C) nos cinco minutos finais das aulas teóricas, que ao longo do ano, fizeram muita gente passar a milhas do anfiteatro 1 naquela aula.
Por esta altura, se o considerável acervo de hipóteses fosse vertido para escrito, haveriam já certamente enunciados suficientes para a primeira e a segunda épocas dos próximos dois anos, o que não invalida que, fatalmente, quando a prova nos aparecer à frente, as previsões passem todas ao lado da realidade.
Torço para que assim aconteça com as minhas. Isto porque sou naturalmente maquiavélico nos palpites. Penso sempre nas questões mais complicadas, nos problemas mais estranhos, nos temas mais susceptíveis de causar confusão ou de construir "rasteiras", nos casos práticos que levantam hipóteses mais amplas ou transversais ao próprio programa. E se isto me servisse de consolo (e não serve) frequentemente concluo que tudo seria pior se fosse eu a elaborar as questões, em vez de me sentar inseguro, do lado de quem as responde!
1 Comentários:
Os palpites para os exames são quase sempre errados! Em toda a minha vida só conheci duas colegas que invariavelmente acertavam: quando diziam sai isto, saía mesmo! Os outros e eu sempre errámos os nossos palpites! M J C
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