terça-feira, agosto 08, 2006

Dissertação pouco credível (mas bem intencionada) sobre os malefícios da Estabilidade Política


Como qualquer coisa na vida, a “estabilidade política” é uma realidade com vantagens e inconvenientes.
Unanimemente, reconhecem-na como o principal instrumento de um poder político reformista, um elemento essencial para o desenvolvimento do país.
Mas os tempos de estabilidade política têm sido pouco frequentes em Portugal, e nunca são muito bons para os comentadores políticos. Na verdade faltam os temas para criticar, os escândalos para explorar, as especulações para fazer. Falta o burburinho essencial que anima os jornais, as rádios, as televisões e até os próprios protagonistas políticos. Não há governos em iminência de cair sempre que vão ao Parlamento, Ministros a dizer asneiras cada vez que aparecem na televisão a anunciar uma medida, Presidentes e primeiros-ministros “engalfinhados” na grelha mediática à espera de protagonismo, nem deputados solenes, soberanos, a concederem entrevistas nos corredores da AR, dissertando sobre os “problemas da Nação”, que generosamente se encarregarão de resolver na Legislatura seguinte.
Portugal sem instabilidade politica, sem eleições antecipadas, sem campanhas com beijinhos, promessas e bandeiras já não é o mesmo. É um tédio, uma modorra. E quem quiser escrever sobre o assunto, ou opta por fantasiar os factos, ou por apresentar algumas banalidades como as que agora apresento (triste incompetência!).

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Esperemos que a estabilidade política traga também a estabilidade económica! Afinal as eleições antecipadas "obrigam" a gastar tanto dinheiro em propaganda inútil, enganadora e viciada!
M J C

08 agosto, 2006 19:01  

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