sexta-feira, dezembro 16, 2005

Esperarei a Cidade que me Leva (poema- Julho 2005)


Esperarei a cidade que me leva
Nas arcadas, e os beijos
Da lua cheia, aninhados em
Halos de estrelas e de saudades.

Esperarei sozinho, paciente
Os sombrios cavaleiros
E piratas de castelos,
Bárbaros e salteadores,
Donzelas e seu amores,
Em retoques de um sonho… medieval!

Esperarei ainda além da distante linha
As sombras que se aquecem
De verdade, e as formas que moldam
Lentamente, dos resquícios de um sonho
E da Vontade!

Lá longe vejo o céu unido
Com o mar, infinito,
Disforme, numa massa
Azul serena, potente e inexpressiva
Que tolhe levemente a minha noite
De vigília!

São tantas as promessas, os anseios,
Tantas as palavras não ditas
E só pensadas, tantos os amores
Passados, perdidos, fadados
Aos limites da tristeza.
Que ainda escuto ao longe
O rugido esplendoroso
Duma nau de altivas vagas
Que me leva em sonhos
Para a praia dos segredos.

30/07/05
revisto em Novembro 05

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Adorei a praia dos segredos!
Se ainda tens um sonho medieval é porque já viveste noutra época, quem sabe, foste um cavaleiro/herói que dedicava as suas vitórias à donzela mais linda da corte!
As promessas, os anseios, os desejos e as palavras que gostaríamos de dizer, mas que por qualquer motivo não conseguimos pronunciar, vão ficar eternamente no nosso coração, no nosso pensamento e na nossa caixinha de segredos!
Quando viajares até à "praia dos segredos", olha bem em teu redor, talvez encontres outras pessoas e outros segredos que precisam de ser partilhados!
Adorei poeta! M. J. C.

17 dezembro, 2005 14:37  

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