Sampaio de saída
Agora que estamos a escassos dias do termo do mandato do Presidente Sampaio, os analistas políticos enchem os jornais de comentários e avaliações do seu desempenho enquanto PR, nestes dez anos que ocupou Belém.
Já aqui escrevi sobre Sampaio em Janeiro, no calor dos resultados das eleições que ditaram o seu sucessor. Reafirmo na íntegra aquilo que então tive oportunidade de dizer, sem o repetir porque tal seria cansativo. Agora, também em jeito de despedida, e porque não quero fugir ao tema que parece estar a marcar a agenda política, resta-me acrescentar que Jorge Sampaio é uma das figuras da vida política portuguesa que admiro profundamente, pelo estilo, pelo seu modo de estar na vida pública, pelo discurso apelativo, preocupado, não-retórico mas com conteúdo (aliás, neste ponto parece que tem algumas hipóteses de ser seguido pelo Professor Cavaco), pelo agir diplomático, contido, moderado, “politicamente correcto”, preciso nos momentos que pedem a sua intervenção (não vejo aliás por que é que esta “diplomacia” incomodou tanto. Certamente que nada abonava em nosso favor termos um Chefe de Estado que “partisse a louça” e semeasse a confusão; deixemos isto para os partidos radicais com assento na AR).
Há quem diga que Sampaio se arrisca a passar incógnito, na História feita por quem contar estes dez anos da nossa vida colectiva. Não partilho desta opinião, mas vou lembrando que a estabilidade, esse valor tão invocado nos últimos tempos, se deve mais aos “normalizadores” do que aos “revolucionários”.
Já aqui escrevi sobre Sampaio em Janeiro, no calor dos resultados das eleições que ditaram o seu sucessor. Reafirmo na íntegra aquilo que então tive oportunidade de dizer, sem o repetir porque tal seria cansativo. Agora, também em jeito de despedida, e porque não quero fugir ao tema que parece estar a marcar a agenda política, resta-me acrescentar que Jorge Sampaio é uma das figuras da vida política portuguesa que admiro profundamente, pelo estilo, pelo seu modo de estar na vida pública, pelo discurso apelativo, preocupado, não-retórico mas com conteúdo (aliás, neste ponto parece que tem algumas hipóteses de ser seguido pelo Professor Cavaco), pelo agir diplomático, contido, moderado, “politicamente correcto”, preciso nos momentos que pedem a sua intervenção (não vejo aliás por que é que esta “diplomacia” incomodou tanto. Certamente que nada abonava em nosso favor termos um Chefe de Estado que “partisse a louça” e semeasse a confusão; deixemos isto para os partidos radicais com assento na AR).
Há quem diga que Sampaio se arrisca a passar incógnito, na História feita por quem contar estes dez anos da nossa vida colectiva. Não partilho desta opinião, mas vou lembrando que a estabilidade, esse valor tão invocado nos últimos tempos, se deve mais aos “normalizadores” do que aos “revolucionários”.
1 Comentários:
O Sampaio é mais o teu estilo! Mas concordo contigo, deu uma certa estabilidade ao país! M. J. C.
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