O Preço do primeiro Emprego (*)
O chamado contrato do primeiro emprego (CPE) já se transformou no pivot de um braço de ferro entre jovens e sindicatos e o governo de Dominique de Villepin.
A medida, que na perspectiva do Executivo francês visa criar incentivos à entrada de jovens no mercado de trabalho, ao instituir uma espécie de “trabalho à experiência”, sem grandes garantias do lado do trabalhador ou compromissos por parte da empresa, motivou um coro de protestos violentos que têm ameaçado paralisar o país.
Perante um clima de crise e agitação nacional que cada vez mais toca o incontrolável, muito se esperava da intervenção moderadora do Presidente da República, mas a posição de Chiraque, que anunciou a promulgação da lei com certas alterações (pouco significativas) ao optar pela conciliação dos dois interesses em confronto, acabou por desagradar a ambos: se por um lado fragilizou o Governo ao exigir alterações à lei como condição para a sua publicação, por outro, as alterações propostas não se mostraram suficientes para serenar os ânimos, e os desenvolvimentos que esta questão pode vir a ter, permanecem, na realidade, ainda imprevisíveis.
É indiscutível que a Europa Ocidental se debate actualmente com problemas de desemprego, os quais, atingem uma dimensão obviamente preocupante, se constatarmos que muitos dos que engrossam a fila dos “desempregados”, são jovens, à procura do primeiro posto de trabalho, grande parte deles com qualificações ao nível da licenciatura ou pelo menos do Ensino secundário completo.
Também nos parece legítimo exigir dos governos uma actuação urgente, no sentido da reversão desta tendência, nomeadamente através de uma política de incentivos às empresas para a contratação de jovens em busca do primeiro emprego. Agora, isso não significa que devamos caír no exagero. Incentivar não quer dizer colocar todos os pesos do mesmo lado da balança, dar a uns todas as garantias e aos outros apenas as dúvidas, ou a insegurança.
E nos termos em que este diploma segue para promulgação, somos forçados a concluir, que muito brevemente, em França, o preço a pagar pela entrada no mercado de trabalho pode ser elevado demais.
A medida, que na perspectiva do Executivo francês visa criar incentivos à entrada de jovens no mercado de trabalho, ao instituir uma espécie de “trabalho à experiência”, sem grandes garantias do lado do trabalhador ou compromissos por parte da empresa, motivou um coro de protestos violentos que têm ameaçado paralisar o país.
Perante um clima de crise e agitação nacional que cada vez mais toca o incontrolável, muito se esperava da intervenção moderadora do Presidente da República, mas a posição de Chiraque, que anunciou a promulgação da lei com certas alterações (pouco significativas) ao optar pela conciliação dos dois interesses em confronto, acabou por desagradar a ambos: se por um lado fragilizou o Governo ao exigir alterações à lei como condição para a sua publicação, por outro, as alterações propostas não se mostraram suficientes para serenar os ânimos, e os desenvolvimentos que esta questão pode vir a ter, permanecem, na realidade, ainda imprevisíveis.
É indiscutível que a Europa Ocidental se debate actualmente com problemas de desemprego, os quais, atingem uma dimensão obviamente preocupante, se constatarmos que muitos dos que engrossam a fila dos “desempregados”, são jovens, à procura do primeiro posto de trabalho, grande parte deles com qualificações ao nível da licenciatura ou pelo menos do Ensino secundário completo.
Também nos parece legítimo exigir dos governos uma actuação urgente, no sentido da reversão desta tendência, nomeadamente através de uma política de incentivos às empresas para a contratação de jovens em busca do primeiro emprego. Agora, isso não significa que devamos caír no exagero. Incentivar não quer dizer colocar todos os pesos do mesmo lado da balança, dar a uns todas as garantias e aos outros apenas as dúvidas, ou a insegurança.
E nos termos em que este diploma segue para promulgação, somos forçados a concluir, que muito brevemente, em França, o preço a pagar pela entrada no mercado de trabalho pode ser elevado demais.
----
(*) corrigido
2 Comentários:
Entrar no mercado do trabalho é cada vez mais difícil, um pouco por toda a parte. Cada vez há menos necessidade de gente a trabalhar, os que trabalham, fazem-no até à morte e os que querem começar a trabalhar são obrigados a esperar e a desesperar! M. J. C.
Concordo com este anonimo,os patrões vem as pessoas com 40 anos ou mais como velhos para qualquer emprego,e usam as de 20 para explorar.Quem tem trabalho é um sortudo,quem não tem desespera,então em tempos de crise...
A França tem um governo de direita e,isto é o que acontece quando se mete fascistas a governar.Combater o desemprego,admito,não é facil,mas faze-lo passando por cima dos direitos das pessoas é que não pode ser!São medidas desiquilibradas,estupidas sem qualquer sentido,alias tem sentido para os grupos economicos.Uma medida estupida que esta a ser fortemente combatida principalmente pelos jovens.Os mesmos que ha uns tempos atras envolveram-se em conflitos com a policia por causa de palavras muito pouco agradaveis de um ministro francês.As coisas não acontecem por acaso e temos de combater quem pretende violar os direitos das pessoas.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial