quinta-feira, março 23, 2006

Teoria do Sistema

A política de culpabilização do “sistema”, auspiciosamente defendida pelo ex-presidente do Sporting, numa frase imemorial, sempre me causou e causa, alguma repulsa. Na verdade, tal não concretiza mais do que o total desvinculação do sujeito à realidade que o circunda e aos problemas de que padece, deixando-se a ideia de que estes se impõem do exterior, com força própria, contra o conjunto da sociedade frágil, pobrezinha, incapaz de os mudar.
Cabe sempre recordar, que o malfadado “sistema” não mais do que o produto das nossas interacções colectivas, tanto no plano das acções como das omissões. Por isso, ninguém pode arrogar-se o direito de o criticar como se o visse completamente do lado de fora, e quando o faz, está, ainda que não o queria, a criticar-se também a si mesmo.
Depois os “anti-sistema” são sempre uma categoria de pessoas que involuntariamente me causam um embaraçoso sorriso. Pela forma como aliam radicalismo e pragmatismo, ideologia e conformismo, ruptura e revolução. No fundo pela forma como fazem exactamente aquilo que criticam nos outros, e sabem fruir as “comodidades” do sistema, assim que tenham oportunidade para isso.
Tudo isto sem, sequer por instantes, se aperceberem de que estão a cair na incoerência!

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Parece-me que assim teremos de mudar, primeiro, as pessoas e só depois o sistema. Mas que é preciso mudar alguma coisa, lá isso é! Criticar só por criticar não vale de nada, há que apresentar soluções! M. J. C.

24 março, 2006 12:53  

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