quarta-feira, janeiro 11, 2006

O regresso do herói traído


Ontem o Santa Lopes reapareceu na televisão, numa entrevista à «Sic Notícias» onde falou de tudo e de todos, num tom amargo, ressentido, próprio de quem não esquece que de repente lhe puxaram o tapete e sente necessidade de lembrar aos outros que foi assim mesmo que tudo aconteceu.
Ainda não perdoou Jorge Sampaio pela dissolução Parlamentar, não esqueceu «as amabilidades» e as traições dentro do próprio partido, e olha tudo com um distanciamento paternalista, qual mártir atraiçoado a quem foi tirado do poder no momento em que fazia obra e servia os interesses da Nação.
Neste primeiro regresso decadente, deprimente, parece que o seu discurso de magoado não sortiu qualquer efeito… mas o povo tem memória curta, e em política, não há “falhado” que não vire de novo herói (nem que seja à custa de dez anos de silêncio).
Contra a força balsâmica da comunicação social, que eleva, derruba, destrói e torna erguer, é preciso que a História (essa sim isenta, indiferente às luzes da riballta e aos flashes dos fotógrafos) registe os factos, e que o tempo não se encarregue de pintar de cor-de-rosa os quatro meses de “desgoverno” do Dr. Santana Lopes e dos seus Ministros.
A bem da verdade… se bem que ela cause um prurido em Portugal…

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

A bem da verdade, devemos ser os únicos - os portugueses - a ter tido como 1º ministro um play-boy!
A bem da verdade, o homem até era macho! Ó que é que podemos criticar?
Ele é que tem a lamentar: tiraram-lhe o brinquedo mais caro que ele jamais tivera!M. J. C.

11 janeiro, 2006 21:22  

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