sábado, março 31, 2007

A primeira eleição de Salazar (R.I.P.) e os xenófobos


Sempre tenho insistido na necessidade da formação cívica da população e dois acontecimentos recentes (perdoem-me a imodéstia) parecem ter vindo dar-me razão: a eleição de Salazar como “melhor português de sempre” – eleição essa que, aliás, foi a única que venceu, e mesmo assim a título póstumo – e o outdoor xenófobo do PNR na rotunda do Marquês.
A Democracia é, 33 anos depois do 25 de Abril, um dado adquirido. Mas não é o fim da História. A demagogia continuará a oferecer soluções fáceis para os problemas, a apontar bodes expiatórios, a identificar caminhos bombásticos de incovenientes notórios mas resultados modestos. E a ignorância das massas, confortável para quem precisa de servir-se dela, suge como terreno ideal para que este e outro tipo de discursos possam voltar a encontrar eco.

segunda-feira, março 26, 2007

Determinação ridícula


A determinação deixa de ser louvável se estivermos a insistir no impossível. Torna-se então solenemente ridícula.

Sobre os Grandes Portugueses

A escolha de Salazar como "vencedor" do polémico concurso «Os Grandes Portugueses», para além de sublinhar a impossibilidade de se fazerem juízos históricos rigorosos sobre protagonistas de factos recentes, demontra uma tendência da nossa opinião pública: o desejo de chocar. Não há aqui voto de protesto nem reconhecimento ponderado da obra política da figura em questão. Para o haver, era necessário que os conhecimentos gerais de História e de Política fossem muito mais abundantes do que aquilo que efectivamente são.

domingo, março 18, 2007

Remember The Days Of The Old School

Dois anos depois, ainda não consigo enumerar exaustivamente tudo o que mudou.

Ponderação


O que é mais doloroso: descobrir que um bom sonho não é realidade ou que a realidade não é um pesadelo?

Um discurso do método

Habituamo-nos a aceitar mitos e ideias feitas. Escutamos as mesmas frases vezes repetidas, ouvimos as mesmas verdades proferidas com invariável autoridade, que há um momento em que as tomamos como boas sem procurar submetê-las a qualquer teste de coerência. O homem erra porque cede facilmente perante uma certeza gratuita. Porque não ousa testar a plausibilidade do que toda a gente reputa como certo.

Séneca

Se um homem não sabe a que porto se dirige, vento nenhum lhe será favorável.

Um problema de aparências

Seria interessante um Mundo em que as pessoas pudessem olhar-se através da aparência e descobrir nas palavras e nos gestos, a parte da personalidade que a socialização costuma ocultar.
Talvez assim muita gente não se suportasse, se recusasse a conviver ou a partilhar o mesmo espaço. Mas todos sabiam com que contar. Não seria preciso jogar a todo o momento, desconfiar de tudo o que nos rodeia, ensaiar testes a desconhecidos e soluções para problemas que se abatem sem aviso.

In claris non fit interpretatio

De forma análoga, poderíamos dizer que aquilo que é impossível não precisa de ser tentado. Em ambos os casos estaríamos enganados. Do mesmo modo que a lei clara se descobre por interpretação, as coisas impossíveis só se distinguem das possíveis se, previamente, tentarmos realizar umas e outras.

sábado, março 03, 2007

O regresso

Eles andam de novo por aí. Tenham medo... tenham muito medo...!

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