Condenados a Ser Felizes (poema - Janeiro 2006)
Estamos condenados
A ser felizes,
Contra ou a favor
Da nossa vontade.
Esforçados,
Não esforçados,
Lutadores ou acomodados
A todos, em qualquer canto,
A felicidade espreita
Pronta a ganhar terreno.
A felicidade não é una,
Total e continuada.
São momentos vagos, leves,
Periódicos, imprevisíveis
E repetidos, que ingenuamente
Repelimos, à espera
De um «bem maior»
Que afinal pode nunca vir.
Deixemos que nos vença,
Deixemos que nos tome
De assalto e nos esgote
Esta tendência inata
Para semear o ódio
Onde podia haver amor,
A inveja onde podia
Viver a solidariedade,
A cooperação.
Deixemos que nos dome,
Deixemos que nos mostre
O caminho de onde
Temerariamente nos desviamos
Esperando encontrar fora dele
Aquilo de que abdicámos
Quando nos lançámos no
Desconhecido.
Para quê lágrimas,
Quando pode haver sorrisos?
Porque é que temos de estar
Sempre uns por cima dos outros,
Se todos procuramos
O mesmo, e chegávamos
Lá mais depressa
Se remássemos para o mesmo
Lado, em vez de tentar
Provocar o naufrágio dos parceiros?
Não adiante resistir,
As lágrimas estão votadas
Ao fracasso e as derrotas
São apenas
O degrau para uma vitória
Maior, que necessita
De experiência e erros
Para ser aproveitada
Plenamente.
Não, de nada nos vale
Debatermo-nos,
Ferozes, irracionais,
De nada vale fugir
De costas voltadas
Para a praia, onde tudo começa
E tudo acaba.
Mais cedo ou mais tarde,
No dia e na hora marcadas.
Estamos condenados
A ser felizes.
12/01/06
A ser felizes,
Contra ou a favor
Da nossa vontade.
Esforçados,
Não esforçados,
Lutadores ou acomodados
A todos, em qualquer canto,
A felicidade espreita
Pronta a ganhar terreno.
A felicidade não é una,
Total e continuada.
São momentos vagos, leves,
Periódicos, imprevisíveis
E repetidos, que ingenuamente
Repelimos, à espera
De um «bem maior»
Que afinal pode nunca vir.
Deixemos que nos vença,
Deixemos que nos tome
De assalto e nos esgote
Esta tendência inata
Para semear o ódio
Onde podia haver amor,
A inveja onde podia
Viver a solidariedade,
A cooperação.
Deixemos que nos dome,
Deixemos que nos mostre
O caminho de onde
Temerariamente nos desviamos
Esperando encontrar fora dele
Aquilo de que abdicámos
Quando nos lançámos no
Desconhecido.
Para quê lágrimas,
Quando pode haver sorrisos?
Porque é que temos de estar
Sempre uns por cima dos outros,
Se todos procuramos
O mesmo, e chegávamos
Lá mais depressa
Se remássemos para o mesmo
Lado, em vez de tentar
Provocar o naufrágio dos parceiros?
Não adiante resistir,
As lágrimas estão votadas
Ao fracasso e as derrotas
São apenas
O degrau para uma vitória
Maior, que necessita
De experiência e erros
Para ser aproveitada
Plenamente.
Não, de nada nos vale
Debatermo-nos,
Ferozes, irracionais,
De nada vale fugir
De costas voltadas
Para a praia, onde tudo começa
E tudo acaba.
Mais cedo ou mais tarde,
No dia e na hora marcadas.
Estamos condenados
A ser felizes.
12/01/06
1 Comentários:
Adorei o teu poema! Adorei a tua sentença: todos estaremos condenados a ser felizes!
Vê os teus mails.
M. J. C.
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