GALERIA DOS ESTADISTAS (século XX)
MÁRIO SOARES - Nasceu em Lisboa em 1924, filho do Dr. João Soares, pedagogo e figura emblemática da I República. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na FLUL e em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa, exercendo a profissão de advogado. Opositor ao Regime Salazarista, colaborou na preparação da candidatura presidencial de Norton de Matos e Humberto Delgado, tendo chegado a ser preso pela sua acção contra a Ditadura. Com o 25 de Abril de 1974, regressa do exílio onde se encontrava por motivos políticos, para liderar o PS, partido que fundara um ano antes na Alemanha. Nos tempos conturbados do PREC e do Verão Quente de 75, ao lado do PPD e do CDS de Freitas, é um dos principais defensores do modelo da Democracia Liberal - contra o projecto socialista defendido pelo PCP - o qual sai vitorioso do Golpe de 25 de Novembro. Foi três vezes primeiro-ministro (em 1976-78, num governo minoritário do PS, em 1978, em coligação com o CDS e entre 1983 e 1985, liderando o Bloco Central), sempre em condições políticas e económicas particularmente delicadas, tendo conseguido mercê de políticas impopulares evitar a bancarrota do Estado. É o principal mentor da adesão de Portugal à CEE. Em 1986 foi eleito Presidente da República, cargo que ocupou dez anos, funcionando frequentemente como um factor de moderação aos excessos da maioria cavaquista.
SALAZAR - Nasceu na aldeia do Vimieiro em Santa Comba Dão em 1889 e morreu em 1970. Ministro das Finanças, do Ultramar e Presidente do Conselho de Ministros de 1932 a 1968. O seu nome ficou ligado ao «Estado Novo», Regime Autoritário que vigorou em Portual de 1932 a 1974, do qual foi o principal mentor e dirigente máximo. Apesar do carácter repressivo e
ultra-conservador da sua governação, empreendeu numa política de melhoramentos materiais - com a construção de estradas, portos, escolas, bibliotecas, hospitais e a recuperação do património histórico - . Garantiu a neutralidade portuguesa na II Guerra Mundial e equilibrou as contas públicas aumentando a reserva de ouro nos cofres do Estado.
1 Comentários:
Estão muito bem retratados os estadistas do século XX.
Parece que cada um representa um modo diferente de governo, um modo diferente de estar, de ser e de sentir!
De qq modo, todos foram homens de Estado!
M. J. C.
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